terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Saudades de quando era criança




Saudades de ser café com leite,
de cair de frente
saudades de ter medo do escuro
de ficar gorducho
saudades do infinito e além
dos filmes sem fim
saudades de chorar
sem ter o que contar
saudades de abraçar
somente por alegrar
saudades de poder dançar
girando sem parar
saudades de acreditar
que um dia tudo irá mudar
saudades das fadas
das lutinhas com espadas
saudades dos duendes
guardiões das sementes
saudades de sorrir
só por ser feliz
saudades, apenas saudades
talvez de ontem, de dez anos atrás,
saudades do que foi bom e já passou.
Apenas saudades.

Silêncio.


Por que somos julgados tão injustamente?
Por que vivemos numa sociedade, onde os fracos calam-se, e os fortes, muitas vezes hipócritas, conseguem fazer pessoas se calarem por medo?
É tão difícil tentar fazer o justo? Levar a igualdade?
Na escola, se ensina igualdade, justiça, amor com o próximo e respeito. Mas como podemos aprender algo que não vivenciamos? Algo que não é realmente o que ocorre nas salas de aula?
Assim, cala-se o mundo. Assim vencem os que não deveriam vencer.
Dia após dia, morrem, sofrem e prejudicam-se os fracos, aqueles que não falam, aqueles que vêm a injustiça ocorrer frente seus olhos, aqueles que fingem não saber de nada, aqueles que se calam por medo. E se falam, são obrigados a calar-se.
Os dias passam, as horas correm, a vida não para. Os verdadeiros fortes, que arriscam a própria vida, são injustiçados.
Mas o mundo não para. Ele não faz nada.
É silêncio por respeito ingênuo, é silêncio por medo. Medo de cair. Medo de morrer.
E o mundo cala-se. Deixa as horas injustas passarem sobre os fracos.
Assim, silêncio.